empreendedorismo

Lições empreendedoras com a Natura

13:13

Por Jéssica Nogueira


Que a natura é um sucesso tanto na marca quanto nos produtos isso todos nós já sabemos, vamos conhecer um pouco de como tudo começou?

A Natura é uma empresa de origem brasileira que atua no setor de cosméticos. Tratamento para o rosto e o corpo, banho, óleos corporais, perfumaria, cabelos, proteção solar, infantil e higiene oral. Atualmente, está presente no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela e França. É uma empresa de capital aberto e que possui o modelo da venda direta.


 Luiz Seabra, fundador e copresidente do conselho de administração da Natura

Tudo começou através da venda de um fusca, com o dinheiro Luiz Seabra reformou uma antiga e pequena loja na Rua Oscar Freire, na cidade de São Paulo e então montou sua primeira e única loja, tudo isso em agosto de 1969. Ele mesmo formulava e vendia seus cosméticos. Dias antes da inauguração da loja ele imprimiu alguns cartões e os distribuía pela rua, captando clientes oferecendo uma rosa branca com a mensagem:

 “Pense em nós, nós pensamos em você. 
Gostamos do mundo, dos dons da vida, da música, da amizade, do elo que nos une, da mística engrenagem dos momentos, aprendemos a força do amor. 
Com amor, muito amor, nós fabricamos beleza. Venha nos conhecer.” 
Natura. Cosmetologia terapêutica.

                                      
ONDE TUDO COMEÇOU | Fachada da loja situada no número 930 da rua Oscar Freire, em São Paulo: um Fusca serviu para comprar parte da participação de Seabra na sociedade que deu início à Natura

E dessa forma Luiz Seabra imprimia todo seu estilo e modo de pensar em sua loja, mesmo que tudo fosse de forma muito humilde e simples. Apesar de seu esforço o negócio não se sustentava, não remunerava a altura. O que o mantinha era a certeza que aquilo um dia aquilo poderia dar certo. Foi aí então que começou a surgir as parcerias com sócios. E esse momento foi muito importante para o negócio. É muito importante saber lidar com sócios, é o que diz o próprio Luiz Seabra em suas palavras numa entrevista dada ao PEGN:
“A Natura confirmou para mim a noção de que um sócio tem qualidade de presença e conteúdo de compromisso na sua vida. É como em qualquer casamento. Não dá para imaginar uma sociedade sem considerar o aspecto ético dos contratos. Pode até ser um contrato não formal. Olhar para o sócio apenas como uma aliança pela qual você vai desenvolver um negócio de que você quer tirar o máximo unicamente para sua realização material ou psicológica é pernicioso para a sociedade. Do mesmo modo que um extremado individualismo é pernicioso para um casamento”. 

Ao longo de sua vida empresarial, Seabra teve sócios com diferentes personalidades e temperamentos. O primeiro foi Jean-Pierre Berjeaut, com quem deu a partida na fundação da Natura. Em seguida, em 1974, uniu-se a Yara do Amaral Pricolli na distribuidora Pro Estética.

A Natura dos dias de hoje é resultado da junção de quatro empresas que giravam em torno do núcleo principal. A Natura nasceu através de poucos recursos então teve que buscar meios para expandir-se e os sócios tiveram um papel muito importante nesse processo, pois cada um deles agregava ideias, experiência e valor ao negócio.Yara trazia a experiência de venda direta da Algemarin e da Sothys. Outro grande resultado é que em seis meses a Natura remunerou com o dobro do valor que eles tinham investido. 
Após a fusão, dois novos sócios passaram a conviver com Seabra. Um deles, o Santista Guilherme Peirão Leal, veio da Yga e da Meridiana, criada em 1979 para ampliar a distribuição nacional dos produtos Natura. Passou a dedicar-se à governança, à profissionalização executiva e aos programas sociais. O outro, Pedro Passos, egresso da Yga, fabricante de maquiagem, ficou responsável pelas operações. Berjeaut, nessa ocasião, deixou a sociedade

Na relação cliente/empresa a Natura também soube lidar bem. Desde o inicio de sua fundação existia uma preocupação muito grande na forma de captar clientes. E em várias conversas com os clientes, Luiz começou a entender as suas reais necessidades. O mesmo descreve em suas palavras:

"Tive de lidar com minha timidez, superar essa limitação. Conversando com as clientes, fui aprendendo que produto não é só uma coisa concreta — dele também fazem parte as palavras e os serviços que o acompanham.”

A força da marca é um aspecto importante para a empresa. As conversas com os clientes eram muito produtivas e ideias foram surgindo. A Natura começa a criar missão, visão e valores baseados nessas experiências. Em 1976, a empresa veiculou seu primeiro anúncio nacional na revista Claúdia, onde falava da importância da cosmetologia terapêutica e no papel das consultorias de beleza no lugar da compra convencional. Em 1984, surgiram os refis. E em 1990, início do conceito bem/estar bem. Em 1995, houve a criação do programa crer pra ver. Aos poucos, cada sócio construía uma identidade para a marca e a moldava para o mercado.

 E cada vez mais o conceito sustentabilidade aparecia com mais força na marca. Através do fim de testes em animais, em 2006. E o lançamento do programa carbono zero, em 2007. A empresa passou a apresentar não apenas um produto, mas sim um conceito em cada linha nova apresentada no mercado.

Outro aspecto importante nessa história foi o direcionamento da empresa para as vendas diretas, em 1974, através de consultoras ao invés de lojas fisicas. E isso proporcionou a natura uma força nas vendas pois seu diferencial era o treinamento, orientação e formação de uma consultora.(a Natura hoje conta com 1,4 milhão de consultoras). Assim, a cada etapa as ideias iam surgindo seguido de mudanças.




O sucesso da empresa não se restringiu apenas ao Brasil, e a Natura chegou a outros países também.


Dessa forma, podemos finalizar numerando algumas estratégias que podemos descrever aqui como essenciais para tamanho crescimento da empresa Natura.
  • Construção da marca: esforço em publicidade;
  • Expansão do modelo de consultoria personalizada;
  • Aplicação de práticas empresariais para sustentabilidade;
  • Produtos no menor custo possível;
O caminho do empreendedorismo não é o caminho mas fácil, mas pode se tornar o mais prazeroso. Todo empreendedor precisa acima de tudo acreditar no seu potencial, mas sempre buscando oportunidades de melhoria moldando assim seu produto e demostrando o diferencial de sua empresa.

Obrigada e até a próxima postagem!

Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios
Blog Mundo das Marcas


                                                                                                 


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