A história das coisas

6 CONTEÚDOS PARA PENSAR SOBRE MINIMALISMO

21:43

Quando comecei a pesquisar sobre minimalismo, alguns conteúdos como filmes, poesias e músicas que já tinha visto surgiram na minha cabeça. Abaixo elenco para vocês cinco deles que fazem pensar sobre nossa relação com o consumo e consequentemente, também sobre os benefícios do estilo de vida minimalista.


Delírios de consumo de Becky Bloom

Com humor e leveza trata de um assunto sério: O vício por compras. Rebecca Bloomwood fica cheia de dívidas, ela sonha em trabalhar na revista de Moda, Alette. Quando enfim conquista a vaga dos seus sonhos ela repensa suas escolhas. Vale a pena assistir! Eu adoro mas não vou dar spoiler para quem ainda não assistiu. :) Tem na netflix ;)
O filme também é responsável por uma cena icônica que todo mundo lembra quando se fala em liquidações. ->

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Cena icônica do filme. Vale a pena toda essa histeria?

2. BOOGIE

Já falei sobre o clipe "Nouveau parfum" da cantora Húngara, Boogie, aqui no blog. No vídeo (clique aqui para assistir), a música questiona os padrões de beleza impostos na sociedade e o uso exacerbado de photoshop. Inclusive, cita várias marcas famosas e questiona "Que quer que eu escolha?" e rebate:


Eu não sou seu produto

Da beleza, da preciosidade
Eles não podem me mudar
Incomparável, única
O novo perfume sou eu mesma
o novo perfume, sou eu.



3. The fear

Essa música me marcou no curso de Moda. Uma professora levou para analisarmos e debatermos.
É de Lily Allen e questiona diversos padrões em revistas, a busca pela fama, o consumo...


"Quero ser rica e quero muito dinheiro

Não me importa ser inteligente, não me importa ser engraçada
Quero um monte de roupas e uma porrada de diamantes
Ouvi dizer que pessoas morrem tentando encontrá-los."

Em outro trecho diz: 
"E vou tirar a roupa e isso não será vergonhoso

Porque todos sabem que é assim que se fica famoso
Vou dar uma olhada no The Sun e no The Mirror
Estou no caminho certo, sim, tudo vai dar certo"


'Sou uma arma de consumo em massa

E não é minha culpa, é para isso que fui programada'


4. A história das coisas

O vídeo explica o processo dos produtos até chegar as nossas casas. Tem outro também sobre a história dos cosméticos. Inclusive, explica como muitas das informações são usadas para nos fazer consumir mais ou sentirmos a necessidade de ter coisas que não precisamos, a comodidade de acesso a produtos... No final, explica onde tudo isso vai parar...

História das coisas (aqui) e História dos cosméticos (aqui)

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5. Eu, etiqueta. Carlos Drummond de Andrade

É impressionante como os poemas e contos de Carlos Drummond são incrivelmente atuais. Eu, etiqueta é um desses.Segue texto na integra:

"Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comparo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam
e cada gesto, cada olhar
cada vinco da roupa
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente."

6. A "falsa" felicidade nas redes sociais

Acrescentei na lista mais um vídeo que vi recentemente. Ele trata dos bastidores de algumas imagens que vemos no instagram. Lembro que um dia desses falei para uma pessoa que estava muito mal "Pare de ver rede social por um tempo! Ninguém tem a vida perfeita! É tudo editado! Você está chorando agora e ninguém está sabendo. Você vai postar? Não! Então, quantas pessoas que postam o que estão sentindo de verdade? Você não sabe que a vida de quem está admirando está cheio de problemas e dores. Para com isso!" Isso foi uma resposta para: "Parece que a vida de todo mundo está dando certo, menos a minha! O que está acontecendo de errado? Todo mundo está bem casado, vai para festas, progride, viaja, faz tudo..."



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